terça-feira, 15 de novembro de 2011

Amor: sempre o primeiro.

Em 1964, Dean Martin tinha uma birra com o Rock N' Roll. Claro, por seu arrebatador sucesso nas paradas americanas do TOP 100, mas, principalmente, porque nem o Elvis conseguia superar os Beatles - os invasores britânicos que não saiam da primeira posição. Até em casa Dean Martin vivia esse conflito, seu filho de 14 anos era um fanático pelo quarteto de Liverpool, então, Dean desafiou o moleque - Eu ainda vou derrubar os seus queridos inglesinhos! Como italiano, Dean, mais tarde, poderia muito bem declamar: Veni, Vidi, Vici. Foi regravando essa bela canção, que não tinha feito sucesso nem na voz do próprio Sinatra, que Dean Martin, fez o que ninguém imaginaria possível para um homem de meia idade: Arrebatou o coração da juventude e foi parar na primeira posição por semanas consecutivas. 

Porque todo mundo tem uma nova chance quando o papo é amor.


E dizem por aí que quando Dean ficou sabendo que tirou os Beatles do primeiro lugar, mandou um telegrama para o Elvis dizendo: "Peguei eles por nós".
Eu não duvido.


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Isso assim

A gente inventa. É isso e só isso. É uma verdade que a gente quer dizer, mas que não dá pra falar porque não tá na cabeça, tá na barriga. Então, a gente inventa. Quando escrito, o inventado vira um tipo de verdade que não dá pra sentir com a mão, mas que entra no outro pelo olho e ele sente na barriga. Aí, tá dito. 
É isso, tudo isso.

Litografia de Takashi Hirata

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Hello!


Todos os dias a vida lhe dá um beijo na testa antes de você sair, então,
 saia pra brincar!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Love Love Love

"I only know that when I'm in it, it isn't silly, it isn't silly, love isn't silly at all"                 
                                                        Sir James Paul McCartney










terça-feira, 18 de outubro de 2011

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

terça-feira, 6 de setembro de 2011

I fell in love with you...

A arte não tem cura. Uma pessoa contaminada está condenada a servi-la de alguma maneira e é impossível e doloroso tentar livrar-se desse destino. Algumas pessoas se viram como podem para viver disso, enquanto outras aproveitam os espaços que sobram entre os jorros da rotina para fazer sua parte nessa sina. Os contaminados podem se tornar dos mais habilidosos artistas, até aqueles que assumem um papel estrutural no reino dessa manifestação inexplicável.
Para que essa loucura sem sentido se perpetue eternamente, vez ou outra, a Arte estende um braço para dentro da Terra e joga entre nós um hospedeiro alucinado que sai espalhando seu encanto. Esses seres são fáceis de serem reconhecidos, são aqueles em que fica claro que estariam cometendo um crime se tentassem fazer qualquer outra coisa que não se colocar à nossa frente e exprimir beleza. E assim vão eles, lançando seus esporos sobre nós que não podemos fazer nada a não ser nos deixar contaminar. Vai Antony!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

The isle is full of noises



              Be not afeard; the isle is full of noises,
              Sounds and sweet airs, that give delight and hurt not.
              Sometimes a thousand twangling instruments
              Will hum about mine ears, and sometime voices
              That, if I then had waked after long sleep,
              Will make me sleep again: and then, in dreaming,
              The clouds methought would open and show riches
              Ready to drop upon me that, when I waked,
              I cried to dream again.

The Tempest by W.S. - Caliban in Act III, Scene 2

terça-feira, 2 de agosto de 2011

só assim...


 - Eu não consigo te levar até o final do meu caminho, mas se você quiser parar pra ficar assim só um pouquinho, pra sempre, eu topo...

Amigas minhas...


Elas sempre vieram me fazer companhia quando eu precisei, 
não importa em que ponto do globo eu me encontrava....

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

lettersillneversend.com

Cruzei com esse site e encontrei coisas lindas, como o texto abaixo:
Countdown
August 29, 2010

The
10th of December was
9 days before I left, and there were
8 thousand words I should have been writing at
7 pm that night because I had
6 papers due but you needed a prop girl
5 minutes before the show and be
4 I knew it I was that girl and
3 drinks later I was way too drunk
2 walk myself home and you were the nice
1 who made sure I was okay and my heart went from
0 to 60 everytime you smiled at me.
1 week later at
2 in the morning, you walked me home again, and
3rd times the charm, I asked you to stay
4 the night because it was barely
5 degrees outside and I was falling for you out of
6 billion people in the world, despite only knowing you for
7 days. And now
8 months later, and
90 days since I told you I loved you, I thank god for the
10 days I had with you in December.


quarta-feira, 27 de julho de 2011

Vicãra.


                             - A qualquer momento.
                             - E sempre.
                                 

terça-feira, 26 de julho de 2011

partes de um todo.

parte do oceano

"A história é sobre uma pequena onda que estava muito feliz enquanto cruzava o oceano.
Ela aproveitava a brisa e o ar fresco, até que ela percebeu que as ondas na sua frente estavam quebrando contra a praia.
- Meu Deus, isso é horrível - disse a onda - olha o que vai acontecer comigo!
Quando outra onda viu que a primeira onda parecia arrasada, ela lhe perguntou - Porque você está tão triste?
- Você não está entendendo! - Disse a primeira onda - Nós vamos todas arrebentar! Todas nós seremos nada! Isso não é horrível?
E a segunda onda respondeu - Não, você que não está entendendo. Você não é uma onda, você é parte do oceano."

Livre tradução de um trecho extraído do livro "Tuesdays With Morrie" de Mitch Albom.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Pequeno Bulsara

Em Zanzibar, na Tanzânia, tem uma região chamada Stone Town ou Cidade de Pedra. Dizem que, além de histórica, a cidade é lindíssima e por isso foi tombada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Filho de pais Indianos, Farrokh Bulsara nasceu nesta cidade da costa africana e foi educado em uma escola inglesa do outro lado do Már Arábico, na Índia, perto de Bombaim. 
Os conflitos políticos de sua terra natal fizeram com que Farrokh e sua família se mudassem para Londres quando ele ainda tinha 17 anos. Foi na Inglaterra que o jovem Bulsara conheceu seus parceiros de estrelato, mas o apelido pelo qual o mundo o conheceu ele já tinha ganhado fazia tempo - os primeiros a lhe chamar de Freddie foram seus colegas de classe, lá na Índia.
Para mim isso faz todo sentido. Eu acredito que o Freddie que os fãs do Queen conheceram é exatamente o mesmo menino que conviveu com as crianças daquela escola. Na infância nós somos o perfeito projeto do máximo que poderíamos ser, sem planejamento, rasuras ou marcas de borracha. O desafio é continuar crescendo e alimentando aquela chama sem ficar elaborando ou seguindo idéias, regras e atitudes que distorçam sua luz. Eu duvido que o Farrokh fosse capaz de fazer isso o tempo todo - para seus amigos, sua família, amores ou colegas de banda - mas para seus fãs, sim, ele conseguia! Em cima do palco Freddie Mercury e o pequeno Farrokh Bulsara eram apenas um e mais que chama: Um Sol em plena resplandecência!


quinta-feira, 14 de julho de 2011

tá rolando...

"Reality is merely an illusion, albeit a very persistent one." 


"A realidade é apenas uma ilusão, apesar de ser muito persistente."

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Espia só.

Quando eu era pequeno, eu sonhava em poder ser um observador oculto. Eu queria ver alguém passando na rua e poder ir com essa pessoa até a sua casa, ouvir o eco no hall do elevador dela, assistir à sua família jantando e sentir o cheiro da casa. Eu queria entrar dentro da cabine do pedágio e ver uma pessoa existindo ali dentro, ver onde ficam os pés, se numa alça do banco ou no chão, e ver que tipo de calçado ela estaria usando. Que curiosidade eu tinha de poder passar um tempão olhando pro rosto de um motorista de ônibus, assistir todas as pequenas reações que ele tem a cada vez que faz a mesma volta pela cidade. Eu queria poder fazer isso tudo sem que ninguém me visse, é claro! Acho que a artista Anastassia Elias tinha uma pira parecida pois ela usa rolos de papel pra criar lunetas em que a gente consegue fazer isso! Cada uma de suas obras é um mundo que você pode observar escondido... Se você prestar bastante atenção vai ouvir o que as pessoas estão conversando, os barulhos, as risadas e sentir os cheiros todos, sem precisar ter medo de que te peguem espiando!







quarta-feira, 29 de junho de 2011

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Olhar Helénico


No teatro, o ator precisa se expandir. Seus gestos e aquilo que ele quer dizer apenas com um olhar tem de estar claro para quem está sentado da primeira à última fileira. Hoje, essa expansão exige muito trabalho para que não fique artificial, nós ficamos restritos vivendo cercados por paredes, muros, prédios e portões. No tempo em que nasceu o Teatro, o ator grego tinha horizonte, a vida caminhava por vales, planícies e colinas. Tudo era naturalmente expandido: a fala, o gesto, o canto, o pensamento e as idéias que atravessaram milênios... Imaginem como era o olhar daqueles atores...

domingo, 26 de junho de 2011

Lindo Luther



Mesmo em contrasenso, o que foi nunca poderia ter sido diferente. Eu acho que muitas vezes a gente simplesmente não entende o que está perfeito. Que uma série de erros pode ser o caminho para um acerto maior e melhor, que não tinha outra maneira de acontecer... é uma perspectiva além de nós. Em meio aos conflitos dessa vida em que não se vê através das paredes e que para cruzar o mundo leva-se muito tempo, esforço, foco e paciência, fica difícil perceber a perfeição do imperfeito. Luther Vandros contribui para o mistério quando se vai cedo demais, sem ter conquistado nem um décimo da popularidade de quem não tinha nem um décimo de seu talento. Quem explica? Ainda mais quando ele não se cansava de provar que perfeição convencional, que está ao alcance de nossa contemplação, também existe e de maneira irrefutável...