quarta-feira, 29 de junho de 2011

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Olhar Helénico


No teatro, o ator precisa se expandir. Seus gestos e aquilo que ele quer dizer apenas com um olhar tem de estar claro para quem está sentado da primeira à última fileira. Hoje, essa expansão exige muito trabalho para que não fique artificial, nós ficamos restritos vivendo cercados por paredes, muros, prédios e portões. No tempo em que nasceu o Teatro, o ator grego tinha horizonte, a vida caminhava por vales, planícies e colinas. Tudo era naturalmente expandido: a fala, o gesto, o canto, o pensamento e as idéias que atravessaram milênios... Imaginem como era o olhar daqueles atores...

domingo, 26 de junho de 2011

Lindo Luther



Mesmo em contrasenso, o que foi nunca poderia ter sido diferente. Eu acho que muitas vezes a gente simplesmente não entende o que está perfeito. Que uma série de erros pode ser o caminho para um acerto maior e melhor, que não tinha outra maneira de acontecer... é uma perspectiva além de nós. Em meio aos conflitos dessa vida em que não se vê através das paredes e que para cruzar o mundo leva-se muito tempo, esforço, foco e paciência, fica difícil perceber a perfeição do imperfeito. Luther Vandros contribui para o mistério quando se vai cedo demais, sem ter conquistado nem um décimo da popularidade de quem não tinha nem um décimo de seu talento. Quem explica? Ainda mais quando ele não se cansava de provar que perfeição convencional, que está ao alcance de nossa contemplação, também existe e de maneira irrefutável...